A SITUAÇÃO É GRAVE!
Na contramão do mundo, o governo Michel Temer anunciou, em 2017, a intenção de privatizar a Eletrobras, uma das maiores empresas de energia do mundo e líder do setor na América Latina. A estatal é responsável por mais de 30% da geração de eletricidade consumida no Pais e por nada menos que 50% das linhas de transmissão que cobrem todo o território nacional.
Dando continuidade à política de desmonte do patrimônio público, o governo de Jair Bolsonaro aposta na entrega da Eletrobras com a expectativa de arrecadar cerca de R$ 18 bilhões com a venda das ações da empresa. O principal argumento para isso é tentar sanar um rombo de aproximadamente 150 bilhões nas contas públicas.
Esse montante é irrisório e representa pouco mais que a metade do valor da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que custou R$ 30 bilhões e representa cerca de um terço da receita líquida anual da estatal, que ultrapassa os R$ 60 bilhões.
Caso o movimento do governo avance, serão entregues ao capital estrangeiro mais de 270 subestações. A sanha privatista já entregou seis distribuidoras de energia instaladas nos estados do Piauí, Acre, Roraima, Amazonas, Rondônia e Alagoas.
Isso também levará o Brasil a perder o controle de seus rios mais importantes,o que colocará em risco a soberania nacional. Nos Estados Unidos, o parque hidroelétrico é estatal-federal, porque lá se acredita que energia elétrica é de interesse nacional e não pode ter seu controle passado a terceiros.
A Federação Nacional de Urbanitários (FNU), estima que a privatização da Eletrobrás comprometerá os empregos 7,5mil pessoas, que representa cerca de 60% do efetivo de servidores do setor elétrico nos estados citados. O consumidor também sentirá no bolso a repercussão desse processo de descontrução do patrimônio nacional. A privatização implicará na revisão do atual modelo tarifário, o que acarretará grandes aumentos em relação às tarifas atuais.
Por esses e outros motivos, somos contra a privatização do Setor Energético brasileiro, fonte inesgotável de riquezas, gerador de trabalho e renda e provedor de desenvolvimento social.
#EnergiaNãoeMercadoria